Imagine uma situação em que alguém lhe pede para fazer uma lista das coisas que mais gosta nessa vida. Agora, pense primeiro em quais delas você poderia dizer assim logo de cara sem ao menos processar as palavras. Exercício interessante esse, não é, caro leitor? Proponho uma reflexão sobre isso nesse texto, pois recentemente me deparei com essa questão e até o momento encontro dificuldades para respondê-las de forma apropriada. Por enquanto, a única certeza é o primeiro item dessa lista: escrever. Está no topo dela, inclusive. Ultimamente percebi que isso me dá uma enorme prazer, não é só isso, também me faz sentir vivo e livre com uma sensação única de ter encontrado algo verdadeiro dentro de mim. Simplesmente não posso desistir ou esquecer, faz parte da minha natureza pessoal, antes mesmo de ser capaz de perceber tal fato.
E o resto da lista? Falta muito para terminá-la, eu sei. Independente da sua quantidade de itens tais como ``os dez mais`` ou coisa assim, torna-se necessário continuar essa busca de uma forma mais abrangente como, por exemplo, pensar em coisas não necessariamente ligadas a produção mas sim à atividades diferentes. Sendo assim, quem me conhece sabe que não posso em nenhum momento esquecer de mencionar o quanto amo ler histórias em quadrinhos, um universo de ficção ao qual sou apaixonado desde criança. Confesso manter essa paixão ainda agora nos meus vinte e tantos anos crente do preconceito de alguns infelizes contra esse meio de comunicação. Por mais que pareça ingênuo, não é maravilhoso ter um super-herói que admira e sempre acompanhar suas histórias. Eu escalo prédios, me balanço pela cidade e disparo teias acompanhado de uma sensação sem igual de adrenalina, isso contar na vontade sem fim de gritar: ``Uhuuuuuuuuuuuuuuu``. Assim como o Homem-Aranha.
Minhas paixões não se limitam a isso. Ainda há o cinema, essa caixa magia dotada do poder de projetar mundos, realidades onde vivem extraterrestres, caubóis, viajantes do tempo, além de uma infinidade de personagens românticos, dramáticos e hilários. É um mundo parecido com o das HQs, igualmente apaixonante como elas e com o poder de nos fazer sonhar com cada cena que estiver diante do nossos olhos. Seria injusto da minha parte não citar alguns filmes marcantes, sabe, daqueles que vez ou outra dá vontade de rever sem medo de parecer idiota, como já me disseram certa vez. Sou fã da trilogia ``De volta para o futuro``, gosto muito de filmes como ``Efeito Borboleta``, ``A máscara da ilusão``, ``O segredo de Neverwas``, entre tantos outros que se eu fosse citar aumentaria por demais esse parágrafo. A ficção tem lugar especial no meu coração, tanto no que diz respeito ao cinema e as histórias em quadrinhos. Também não me esqueço do prazer e da emoção de ter conhecido a poesia de Manuel Bandeira ou ler livros como ``Othelo`` de William Shakeaspeare, ``Memórias póstumas de Brás Cubas`` e o ``Alienista`` de Machado de Assis, ``As aventuras de Tom Sawyer`` `de Mark Twain e ``Ensaio sobre
a Cegueira`` de José Saramago.
Pois é, a lista criou sub-listas das coisas que gosto e gostei de ter feito nessa vida e olha que mal comecei a falar de música, ainda mais eu, um cara que até onde sei nunca enjoou de ouvir os cds do Capital Inicial, depois de conhecer o Acústico MTV, e da banda Nickelback. Falando em acústico e bandas americanas, não dá para esquecer de uma que curto muito: The Corrs. Todo mundo tem aqueles momentos em que precisa curtir um som para se distrair e se divertir cantando. No meu caso, são exatamente essas bandas que escolho ouvir, algumas mais outras menos, isso não vem ao caso.
Acho que essa lista tem a minha cara já e, mesmo faltando muita coisa, é fundamental falar de mais um item que também faz meu coração bater mais forte e alegre. Trata-se da profissão-paixão chamada jornalismo, essa escolhida anos atrás. Sem dúvida, esse é um caminho do qual eu mais me orgulho de ter trilhado. Mesmo com tantos obstáculos para tornar os meus sonhos de repórter realidade, eu luto com as forças que tenho para torná-los realidade algum dia. Acredito ter tido a dosa certa de vivência nessa área para ter a certeza do quanto amo essa aventura que é buscar informação, interpretar a realidade e através da escrita compartilhá-la com o público podendo ser lido por uma quantidade de pessoas desconhecidas ou não. Aprendi por conta própria ao conhecer minha natureza pessoal que escrever para mim é igual a respirar, sabe, uma necessidade e um vontade que não podem ser paradas mesmo que eu queira ou tente. E olhe que já tentei. Sendo jornalista, aplica-se o mesmo conceito, ainda não sei se com a mesma intensidade e isso é algo que preciso viver para ter certeza.
Enfim, não pretendo tornar esse texto tão pessoal, no entanto a reflexão que me levou a começar uma lista assim é imprevisível e não levou em conta regras sobre como o que eu deveria falar primeiro ou não. A ordem do fator não altera o produto quando se trata das coisas que fazem o coração sorrir e bater forte pulsando a sua verdade. Isso é a minha cara, assim como uma infinidade de coisas cuja citação seria algo pequeno demais para caber numa lista.