Pelo menos, uma vez na vida, precisamos fazer alguma mudança. Mas não se trata de mudar por mudar. Não. Tem que ter significado, precisa valer a pena e, se possível, tem que envolver riscos, pois sem eles, não tem graça nenhuma. É um papo meio doido, eu sei. Também é pertinente falar sobre a importância de quem tem medo ou nunca refletiu sobre o assunto.
No entanto, a vida é curta, como sabemos. Por esse motivo e tantas outras razões, mudar é fundamental para viver de verdade. Mais do que isso. Sem mudança e riscos, como obter experiência e conseqüentemente amadurecimento? Nós, como seres humanos, precisamos aprender a sobreviver nas selvas em que vivemos, essas representadas, por exemplo, pelo cenário da cidade grande. Utilizo esse exemplo ``selvagem`` pelo simples motivo que, nesse ambiente, a importância de se adaptar é importante para a questão da sobrevivência.
Conheço pessoas que adoram qualquer tipo de mudança, mesmo que essa cause pequenas e nem sempre tão visíveis alterações em suas vidas. Para elas, o diferente acaba se tornando natural de certo modo, mas não previsível. E é isso que torna as coisas interessantes. Para os mais resistentes, é como fazer exercício ou qualquer outra atividade física aos quais não estão acostumados. Dói, queima e dá vontade de parar sem pensar duas vezes. Ou então, voltar atrás. Rebobinar a fita e fingir que nada aconteceu e tudo voltou a ser como era antes. Tudo em seu lugar, como devia estar.
Enfim, escolher a mudança em maior ou menor grau é pular do alto de uma ponte sem olhos vendados pronto para correr toda a sorte de riscos. Mudar é sentir o coração bater e acelerar como se todas as suas veias estivessem em sintonia com o perigo. Nunca esquecendo, é claro, que para existir uma história tem que ter verdade.