12 fevereiro 2012

O Jogo da Sociedade

Algo provavelmente tão antigo quanto o próprio tempo: a sociedade. Mas isso não se trata apenas de uma simples abordagem e sim uma análise desse jogo social que vivemos todos os dias. Essa competição do qual temos que aceitar certas regras e assim tentar sobreviver em meio a elas. Por esses e tantos outros motivos é que eu e o blogueiro Angelus Paulino aceitamos o desafio de expor nossas visões a respeito deste tema.





O jogo da sociedade - na visão de Angelus Paulino

Este é um jogo coletivo, onde as pessoas devem cumprir metas e buscar recompensas ao final de cada missão. Devemos fazer alianças, combinações e estratégias para vencer os adversários. Este jogo, enfim, jogamos todos os dias, estejamos cientes disso ou não. Chama-se “Viver em Sociedade”. Mas afinal, em que momento da vida passamos a fazer parte dessa competição?
“Viver em Sociedade” é dividido em níveis de dificuldade de acordo com a faixa etária dos participantes. Como várias outras coisas, começa na infância, no momento em que somos postos para interagir com outras crianças. Essa fase dura até uns doze ou treze anos. É só um aquecimento, um preparativo para o jogo real. Na verdade, essa é a parte mais divertida.
Na próxima etapa, nós – os jogadores – já nos consideramos profissionais. Afinal de contas, somos quase adultos, não é mesmo? As alianças feitas na primeira fase tornam-se mais fortes ou se quebram definitivamente. É o momento de formar os times! De um lado o time azul, do outro o vermelho... Tudo é mais emocionante! Cada jogada pode definir nossa vida inteira (ou, no mínimo, o resto da semana). E assim a disputa segue seu rumo por mais alguns anos.
Até que, finalmente, chega o nível 3. Este é O Nível! Hora de lutar contra o Chefão! Tudo que aprendemos e arrecadamos ao longo das últimas duas fases vamos usar agora. Principalmente nesse momento, acontece de a maioria das alianças serem desfeitas. É cada um por si e Deus por todos, daqui para frente. Contraditoriamente, os grupos permanecem.
Tanto nesta etapa como nas anteriores, os grupos sempre existiram e nós temos de nos encaixar em um deles. Do contrário, seremos massacrados. Esse período é o mais delicado. Os jogadores mais “hábeis” são capazes de deslizar de um grupo para outro. Mas sempre tendo em mente um objetivo: mais moedinhas para subir de status.
O que começou como uma brincadeira de criança, agora se transformou numa disputa vital. O Super-jogador, aquele viciado que joga 24 horas por dia, chegou ao ponto mais alto. E, quando olhou para cima... descobriu que tinha de subir mais para ser superior aos outros participantes...
Enfim, este é o jogo que jogamos a todo o momento. O torneio que nenhum Coliseu jamais conseguiria reproduzir; com um número de participantes que nem 100 Copas do Mundo mobilizariam.
Jogamos ou somos jogados. As regras, fazemos cada um as nossas. Os critérios sobre o que considerar uma vitória, nós estabelecemos. A quantidade de vidas, infelizmente é uma só, então não da para desperdiçar.
Sem mais delongas, que vença o melhor...

Angelus Paulino é blogueiro e autor do blog Versos, Prosas e Colóquios. Seu blog é um interessante espaço na blogosfera com textos variados em estilos e únicos em sua concepção. É o caso de poesias criativas e belas que, mesmo com um toque de simplicidade, conseguem emocionar e transmitir reflexões sem dificuldade. Outros exemplos que seguem nesse mesmo sentido são seus contos e ficções-narrativas, todos de ótima qualidade. Recomendo pelo menos dois posts em particular: ``Se seu Coração Falasse`` e ``O Poeta Que Desaprendeu Escrever``.

Leia mais sobre o tema na visão de Marcus Alencar.