Nesse final de semana tive a oportunidade de ir pela primeira vez fantasiado à um evento que sempre me chamou a atenção: Anime Friends. Apesar do nome fazer referência direta aos desenhos animados japoneses que fazem tanto sucesso por aqui, o ambiente certamente não ficou restrito aos personagens nascidos na terra do sol nascente. Lá foi possível ver dos mais variados tipos de heróis e vilões da ficção de outras nacionalidades, sejam esses do cinema, da tv ou dos quadrinhos. Sim, isso mesmo, repito: os heróis e vilões estavam por lá. Esses seres fantásticos que habitam nossa imaginação e também nos ensinam tanto, mesmo que aparecessem na pele e figurino de muitos seres humanos dali ganharam vida naquele local, assim como costuma acontecer em muitos outros locais desse tipo.
Tudo isso é mágico, lúdico, especial, engraçado, legal e divertido. Acho que são até as melhores palavras para definir eventos desse tipo. Como eu não podia deixar passar essa oportunidade em branco, também entrei na ``dança`` com a minha tentativa, não tão bem sucedida por sinal, de me fantasiar de um personagem de histórias em quadrinhos. Em outras palavras, fiz o que as pessoas que fazem parte desse universo nerd chamam de ``cosplay``. Essa palavra é a abreviação de costume play, que pode ser traduzido do inglês por jogo de disfarces, refere-se à prática de se fantasiar de algum personagem real ou ficcional, concreto ou abstrato, como, por exemplo, animes, mangás, comics, assim como bem explica a Wikipédia neste link aqui.
Rikku (Ursula) e Yuna (Dafne)
Para a escolha do meu primeiro cosplay, resolvi pela opção mais prática para produzir um personagem. Ao mesmo tempo, acabei homenageando uma das maiores criações dos quadrinhos. Trata-se do The Spirit, personagem criado pelo lendário Will Eisner. Foi muito legal, mesmo não sendo o meu super-herói preferido, o Homem-Aranha. Afinal, mesmo lançando mão de qualquer inibição e vergonha para usar máscara, chapéu, sobretudo e gravata (ambos escuros) eu ainda não estou psicologicamente preparado para me lançar em um colante vermelho e azul com um aranha no peito. Ainda não.
Kakashi e Gon (Viviane)
O mais legal de toda essa experiência é ter certeza que a idade não é um impedimento para participar da brincadeira, algo que para alguns certamente seria um bom motivo de desculpa para não entrar de cabeça nessa ``terra do nunca`` que é esse mundo cosplay cheio de seres como Homem-Aranha, Naruto, Goku, Coringa, entre tantos e variados outros. Não ter uma idade especifica para ter essa experiência única é importante, pois lhe dá a chance de realizar ao mesmo tempo um sonho de criança e de recuperar lembranças de uma época mais inocente.
Sendo assim, posso entender melhor o que é fazer um cosplay e o quanto vale a pena se despir daquela realidade séria e chata chamada vida adulta para curtir mais a vida com atividades que não só deixam a criança como o super-herói que existem dentro de mim morrerem no limbo do esquecimento. Para mim, essas são idéias que só foram reforçadas no meu coração e em minha mente nesse dia de cosplay.