08 agosto 2010

Uma fuga da realidade




A realidade em que vivemos está cada vez mais difícil. E o grande motivo por trás disso tudo é a quantidade de stress produzida diariamente. Em muitos casos, a origem dessa doença, considerada moderna por alguns e frescura para outros, pode estar no trabalho. Existe muita pressão para atender o que é exigido e isso suga muita energia afetando não só corpo e mente como o espírito também. Por isso é importante buscar alternativas para fugir disso, mesmo que temporariamente.

Uma solução é procurar fazer aquilo que lhe dê prazer e ajuda a aliviar a tensão do dia-a-dia. As opções são as mais variadas. Vai do gosto de cada um. Por isso, é importante se permitir ter prazer de alguma forma. Pode parecer estranho colocar dessa forma, mas é a mais pura verdade. Ficamos tão focados no trabalho e em sua energia que precisamos nos desligar um pouco dele para poder relaxar pelo menos um pouco. Todos temos direito a diversão, entretenimento, alguma distração para escapar da realidade que muitas vezes é dura e cruel ao seu modo. No entanto, não se pode confundir escapatória com covardia e muito menos abusar das poucas oportunidades de aproveitar algum momento livre. Os problemas ainda estão lá. A realidade ainda baterá a sua porta. Isso é fato.

Um exemplo bem interessante é o cinema. Vá até a uma sala de cinema, sente em uma poltrona e espere as luzes se apagarem e a magia da sétima arte começar porque é exatamente assim que funciona. Por aproximadamente duas horas (talvez mais ou menos, depende do filme) você é fará parte de um mundo de aventura, ação, comédia e romance. Não importa o gênero escolhido e sim o fato de que, no final, você sentiu que valeu a pena aquele tempo passado dentro de um mundo do qual foi convidado a participar como espectador. Afina, foi nele que foi surpreendido com todo o tipo de emoção, até mesmo aquelas que te fizeram refletir com a mensagem do filme.

Uso como exemplo o cinema, mas sei que isso se adapta a qualquer dos outros meios de cultura e entretenimento. Afinal, em cada um deles há personagens e cenários de ficção que existem e estão lá para nos ensinar algo e até inspirar em determinadas situações da vida. É como se visualizássemos os vários`e se..`` de possibilidades que levantamos antes de tomar uma decisão.  
Às vezes é como se ver no espelho ao encontrar histórias que poderiam muito bem ser a minha ou sua. Enfim, o que defendo é o direito de cada um a relaxar vivenciando um pouco de fantasia produzida por mundos inexistentes pela realidade lógica e concreta, mas que permanecem vivos dentro de cada um nós quando permitimos.

HQ em Pauta




Caros leitores, venho aqui para um post rápido e até que impessoal para fazer apenas um registro do evento ``HQ em Pauta``  que tive oportunidade de participar semana passada. Obviamente sei que o atraso tira um pouco do ``sabor novidade`` que um post como esse teria normalmente. Mas tudo isso se explica devido a falta de tempo ideal para me dedicar mais e melhor ao blog tal qual gostaria além do fato de não poder compartilhar algum registro de imagens com vocês já que isso estava apenas a profissionais de imprensa, o que já não é o meu caso há muito tempo. Quem sabe um dia isso muda, não é mesmo?  :-)

Como se trata apenas de um breve registro atrasado de dois dias bem interessantes e importantes pra mim, prefiro compartilhar com vocês minhas impressões e alguns destaques das palestras, bate-papos e mesas redondas que tive a oportunidade de conferir. Entre elas, posso dizer que fiquei muito surpreso e feliz por poder assistir uma adaptação antiga das HQs de um personagem chamado Rocketeer cujo filme, de mesmo nome, é do mesmo diretor que atualmente está empenhado na direção de adaptar outro herói, esse muito mais conhecido, para as telonas: Capitão América.  Joe Jonston conseguiu com sucesso fazer um filme de aventura bem dinâmico em suas cenas e emocionante na medida certa. E, por isso, a ansiedade pelo seu próximo só aumenta.

Outros dois destaques desse dia foram a Mesa-redonda sobre a barreira editorial entre Brasil e Argentina e o debate sobre HQs nostálgicas e modernas. Sobre o primeiro, posso dizer que certamente sou um dos vários leitores e fãs de quadrinhos que pode ser considerar a partir daquele dia curioso para conhecer mais sobre a produção dos nossos hermanos argentinos que, infelizmente, são conhecidos por muitos menos do que metade do que tem a oferecer em termos de quadrinhos. Acreditem quando digo que as ``Mulheres Alteradas``, da Maitena e ``Mafalda``, de Quino, são apenas uma parte da boa produção argentina nas HQs. Para saber mais, é possivel encontrar mais sobre isso no livro ``Bienvenido - Um Passeio pelos Quadrinhos Argentino``, do autor Paulo Ramos, dono do Blog dos quadrinhos .  Em relação ao debate sobre nostalgia e modernidade, posso dizer que valeu bastante a pena ouvir sobre essa comparação e, principalmente, parar para semprer sobre as várias transformações ocorrido ao longo das décadas.

Já sobre o segundo dia, posso destacar unicamente a última parte do evento: um debate sobre scans. Para os que não sabem ou ainda não conhecem, esse é o nome dado a quadrinhos que são escaneados e que podem ser ``baixados`` em sites e/ou blogs que armazenam links próprios para isso. Posso dizer certamente que foi um debate sobre um tema que certamente ainda vai dar muito o que falar devido a sua natureza polêmica que envolve questões como direito autoral e possibilidades tecnologicas.

Enfim, eu pretendia ser breve mas, como podem perceber, fui tomado pela empolgação que sobrou desses dois dias. Tudo, sem sombra de dúvida, valeu a pena. Até mesmo o que não foi destacado aqui nesse post. Afinal de contas, o evento além de me propocionar oportunidades de conhecer muito mais coisas a respeito do meu meio de comunicação preferido também me serviu de inspiração para muitas, talvez várias futuras idéias, talvez não para esse blog mas quem sabe,algum dia, em outro espaço.....