25 janeiro 2009

Aprendendo a ser gente grande




Crescer e me tornar gente grande é um assunto importante quando você se dá conta que o tempo está passando. Para mim, trata-se do momento certo para se avaliar o passado e aprender com ele, talvez seja nesse ponto que se adquire sabedoria. Quando criança, sempre observava os mais velhos e suas atitudes. De certo modo, pareciam todos iguais. Exceções eram raras. 
Isso me faz lembrar de algo que ouvi em sala de aula. Era algo muito interessante sobre a formação do caráter dentro do ser humano. Uma criança, por exemplo, observa os adultos (principalmente os pais) e assimila aquilo como sendo um padrão normal de comportamento. Com o passar dos anos e a devida orientação vem o discernimento do certo e errado. Isso envolve valores, cultural, moral, ou seja, a educação.
Já na juventude, o ponto na linha da vida em que eu e muitos se encontram, ocorre o risco de entrar no meio termo quando você não é mais totalmente um garoto e nem um homem. Ainda. Parece confuso e até mesmo idéia de crise de identidade. Sinceramente, tenho minhas dúvidas, afinal quando é necessário parar de agir como uma criança ingênua se assustando com o mundo e tomar uma atitude para valer?
Toda vez que penso nesse assunto de ser gente grande me lembro de filmes como ``Quero Ser Grande``, com Tom Hanks, e ``De Repente, 30`` com Jennifer Garner. São comédias muito boas, uma mais antiga e a outra mais recente, mas ambas tratam praticamente do mesmo assunto: personagens infelizes como suas idades que aprendem a respeitar o tempo sem tentar acelerar o processo. Quem viu os filmes sabe do que estou falando.
Quando meu rosto se depara com o espelho, o que realmente vejo são reflexos de um passado (não muito distante) onde pensar no futuro significava sonhar apenas. No aqui e agora, sonhos parecem se tornar objetivos próximos como ter uma carreira estável num mercado inconstante, ter relacionamentos em uma época em que as pessoas cada vez mais se desprendem de qualquer compromisso sério e por ai vai. Sinceramente, parece que tudo isso é muito amargo e solitário para alguém, como o autor desse autor, que considera importante ter sempre um lado criança ali guardado na parte mais sincera do coração. Enfim, continuo tentando realizar essa complexa tarefa que é aprender a ser gente grande.

8 comentários:

  1. outro dia comentei num blog querido que eu ainda não sei o que eu vou fazer da vida quando eu crescer... o problema é que eu já cresci! quando eu era criança achava que ter 8 anos era ser grande, quando eu fiz 8 anos, achei que era aos 13, daí aos 16, 18, 22... fato é que às vésperas dos 25 anos, ainda me parece que tenho muita estrada pela frente até encontrar meu próprio caminho.
    eu, que adoro uma nostalgia, sempre relembro minha infância, onde não tinha que aturar as cobranças de um chefe "sabe-tudo", não tinha brigas com namorado e não tinha contas a pagar.
    e o mais interessante nisso tudo é que quando eu era criança, queria tanto crescer...

    bjs

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  2. A cada dia buscamos esse crescimento...
    independente da idade seja quando criança,adolescente,adulto,idoso...
    Essa busca é diaria!
    Há pontos que queremos buscar para nos proporcionar isto.
    Conforme o comentario acima tenho a mesma opinião.
    Gostei do post muito interessante!
    Abraços!

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  3. Crescer não é fácil, sem dúvidas. Principalmente quando isso implica responsabilidades que, por sua vez, gerarão cobranças.
    Eis uma de nossas dores. Nosso desejo é o retorno uterino, mesmo que de forma inconsciente.

    Por outro lado, desejamos respeito a nossas opiniões e atitudes (algo típico da maioridade).
    Estamos entre a cruz e a caldeirinha. É assim nossa vida.

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  4. Concordo, e também concordo que deveria ter elaborado mais o texto,
    vou procurar ferramentas que me auxiliem a melhorar cada vez mais minha escrita.
    Voltar a ler frequentemente é uma delas.Essas férias me relaxaram um pouco.xD

    www.casadobesouro.blogspot.com

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  5. Olá...
    O importante é vivenciar todas a fases, sem pular nenhuma, acumular um bom repertório e ao ficar 'adulto' retornar e Ser criança mais uma vez...
    Abraços
    Everaldo Ygor

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  6. Essa fase, onde não sabemos se somos adolescentes ou adultos, é realmente dificil...é o tal "vinte e poucos anos", onde ainda moramos com nossos pais, dependemos deles, mas queremos ser dependentes, mas só de pensar nas dificuldades de uma vida dependente, morremos de medo! Aluguel, contas, comida e gastos com outras coisas...deixar de lado a mordomia de ter a comida da mamãe, as contas pagas e o conforto de um lar pra construir algo totalmente desconhecido.
    Aiai...eu tb estou nos meus 20 e poucos anos e sei bem o que é isso...


    sorte pra nós!

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  7. É natural debatermos com essa questão:o que vou ser quando crescer....E quando crescemos fica a grande dúvida....será que já sou adulto(a) o suficiente para arcar com os meus atos.Essa pergunta ocorre em todas fazes de nossas vidas. Por isso é muito importante ter uma família regrada onde você possa buscar apoio sempre que precisar e saber que temos que seguir em frente sem queimar etapas. Viver um dia de cada vez. Não é proibido sonhar;mas sonhe com os pés no chão.Voltar a nostalgia de uma infância bem vivida só nos faz bem e lava nossa alma. Nunca deixe a criança que existe em você morrer. abraços.....mamãe ..Gilva

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  8. Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

    - Daniel

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