19 dezembro 2010

Operação desapego




Caros leitores, hoje comecei a dar inicio a uma operação de desapego dos meus quadrinhos. É claro que isso não significa que deixarei de ser um amante da nona arte ou coisa do tipo. Muito pelo contrário. Aliás, detesto aquele pensamento de que quando um cara resolve fazer algo assim é porque deixou de ler histórias em quadrinhos e conseqüentemente cresceu, virou gente grande. Isso é ridículo e absurdo, pra dizer o mínimo. Bom, voltando ao assunto do dia, acho interessante destacar aqui qual foi a minha inspiração para tomar tal atitude pois apesar de ser uma vontade antiga, essa questão sempre batia na mesma tecla de sempre: o apego ao passado. Há muitas revistas, algumas em formatinho e outras mais recentes, que certamente marcaram boa parte da minha adolescência pelo tempo que reservava para a leitura de cada uma. No entanto, a grande maioria ficava ali na estante apenas guardada sem nunca voltar pra minhas mãos para uma releitura. Tudo mudou quando li esse artigo aqui publicado no site UniversoHQ.

Lendo esse artigo publicado ano passado, é fácil entender porque a falta de espaço para guardar quadrinhos é um dilema que vários fãs enfrentam em suas vidas. Talvez seja uma espécie de rito de passagem ou então um reflexo de um amor juvenil e verdadeiro. Só quem ama quadrinhos e não parou de ler mesmo depois dos 20 anos sabe do que estou falando neste texto. Infelizmente, por motivos variados, a coleção de muitos leitores nem sempre encontra um destino muito legal. 

Assim como foi sugerido por Marcelo Naranjo no artigo citado, algumas opções para resolver esse problema da falta de espaço são lugares como gibitecas e bibliotecas. Para quem mora na cidade de São Paulo, e pensa nessa possibilidade, existem as Gibitecas Sesi e Henfil onde você pode doar sua coleção, ou parte dela se preferir. É interessante que nesses locais você também pode se cadastrar gratuitamente para fazer empréstimos de algumas edições bem interessantes das mais variadas HQs. O mesmo pode ser dito da Biblioteca Viriato Corrêa, localizada próximo ao metro Vila Mariana.


Outra opção são os vários sebos que existem no centro da cidade. São ótimos locais no qual se é possível trocar e vender quadrinhos. Desse modo, além de obter mais espaço ainda se tem à oportunidade de conseguir edições antigas de quadrinhos. Isso sem falar na oportunidade que você acaba dando para que outros leitores possam ler essas mesmas revistas que um dia foram suas.



Enfim, apesar de todo o trabalho que deu organizar e separar tudo ainda fui recompensado com uma pequena, porém incomoda, dor na coluna, rs. De qualquer modo, não me desfiz de TODA a minha coleção até porque tem muita coisa que merece continuar ali guardada com carinho.   

11 comentários:

  1. Cara,m acabei de me mudar e estou prestes a fazer algo parecido. E segue o endereço da minha webcomic

    http://atmosphera2hq.blogspot.com/

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  2. Muito legal esse texto e inclusive me vi um pouco nele, quando lembrei que também um dia tive que me desfazer de alguns discos de vinil que eu tinha!!!

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  3. impossível um post mais compatível com meu momento do que esse!!!!

    estou passando pela exata mesma coisa, primeiro com minha coleção da Madonna, que passou por uma redução drástica.

    Agora, os X-men. Duas caixas lotadas. Coleciono desde os 8 anos, farei 28 semana que vem. Tem muita coisa. Critérios: principais histórias, coisas que me marcaram. Senão a gente se transforma num lixeiro.

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  4. nossa *O* legal hein rsrsrs

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  5. É. Realmente é complicado deixar de lado aquilo que por tanto tempo esteve conosco. Principalmente quando há um "sentimento" envolvido. Mas o apego.. ah o apego. rs A solução dada foi muito boa. Doação.

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  6. É difícil se desfazer de coisas que nos acompanham há anos.
    Dá uma dor no coração, rs.
    Mas é sempre bom fazer isso. Se desprender um pouco do passado e doar o que não usamos mais. E nesse caso você ainda vai poder fazer uma espécie de troca de conhecimento/diversão HAHA.

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  7. Caraca, isso é muito difícil! Não com quadrinhos, mas com qualquer coisa que seja inútil e "ocupante de espaço" mas que não conseguimos nos desfazer... Ainda tenho uns bagulhos aqui que pretendo ficar pra sempre.

    Abraço! ;)

    http://anpulheta.blogspot.com

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  8. Gostei da definição de nona arte.
    é difícil, mas passa.
    Abraço

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  9. Assim como você amor,também passei por uma situação parecida.A diferença é que não era quadrinhos e sim meus cadernos de fábulas,poesias e outras coisas mais.
    Já não havia mais espaço para tão preciosas peças.Minha "nona arte".Hehehehe.
    Lindo,te amo demais.Parabén pelo texto!

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  10. Já passei por essa fase e realmente é doloroso, hj só guardo em casa meus gibis do The Spirit e a coleção Watchmen. Doí, mas aprendemos a viver sem ela até pq ser necessário.

    Abraço

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