01 abril 2012

O preconceito contra os quadrinhos em debate



Na tarde de ontem, tive a oportunidade de assistir o debate ``Ainda há preconceito contra os quadrinhos?`` que contou com a participação dos jornalistas Álvaro de Moya, Jotabê Medeiros e Gonçalo Júnior. É difícil escolher um caminho para começar a falar sobre esta experiência tendo em vista meu relacionamento especial com o tema, seja pelo fato de ser um fã de longa data ou por já ter realizado pesquisas sobre o assunto na época da faculdade. No entanto, irei fazer um breve resumo para quem não teve a oportunidade ou conhecimento do evento do qual este primeiro debate faz parte.


Tendo inicio em 21 de março, a exposição Quadrinhos’51 é uma homenagem aos principais desenhistas e roteiristas de quadrinhos do país que produziram verdadeiras obras primas entre as décadas de 50 e 70. A mostra também homenageia uma das primeiras ações nesse sentido que foi a Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, evento que foi fruto da união cinco talentosos amigos que buscavam mostrar o quadrinho como algo muito maior do que mero entretenimento. Infelizmente, ainda não tive a oportunidade de conferir as obras dos grandes mestres do traço brasileiro de perto, mas pelo pouco que vi durante uma apresentação de slides antes do debate pude constar que é material de primeira qualidade.

Yelow Kid

Jim das Selvas

Fantasma

Primeira aparição do Superman nas páginas da Action Comics

Sobre o debate propriamente dito, posso afirmar que mais foi uma verdadeira aula do que uma discussão de ideias. E isso não tira nem um pouco o mérito do que foi apresentado no auditório do Museu de Belas Artes de São Paulo. Começando com uma apresentação de capas e páginas de quadrinhos antigos dos mais variados nomes tais como: Jim das Selvas de Alex Raymond, Steve Canyon de Milton Caniff, O Fantasma de Lee Falk, A primeira aparição do Superman em Action Comics, alguns desenhos das  tiras do Yelow Kid, de Richard F. Outcalt, entre outros.

Logo em seguida, todos tiveram a oportunidade ouvir várias das histórias de Álvaro de Moya, que junto com seus amigos no ano de 1951 contribuiu para uma exposição pioneira que inclusive chamou atenção de grande parte da mídia da época. Ele conta que tiveram que enfrentar muito preconceito naquele período além de lidar com obstáculos para a realização desse projeto que pretendia mostrar as histórias em quadrinhos como uma arte digna como as outras.

Infelizmente, como ainda pode ser constatado, o preconceito contra os quadrinhos é real e permanece até hoje em diversos setores da sociedade como a imprensa, por exemplo. Os jornalistas Gonçalo Junior e Jotabê Medeiros contaram suas experiências envolvendo tentativas de inserir mais matérias sobre o assunto nos jornais, algo que sempre enfrentava resistência por parte de editores.

Bom, caros leitores, este post é apenas um resumo do que foi este primeiro debate que faz parte da mostra que continua até 26 de maio. Para mais informações, basta acessar o site do evento.






6 comentários:

  1. Simplesmente amo quadrinhos! Quem os faz é um gênio, deve-se ter uma capacidade incrível (sou mesmo fã de quadrinhos).
    Acho que podem ser usados para vários objetivos, seja por entreternimento ou assuntos mais sérios, depende de quem os faz. Mas o preconceito contra os quadrinhos é idiotice! E tenho dito! hehe
    Abraços

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  2. não acredito que perdi isso. Essas capas, e principalmente o super dos anos 20, que privilégio. Bem acho que o preconceito contra os quadrinhos é ineficaz. Já provaram que são suporte para chegar a literatura, e ainda fazer sucesso como roteiros adaptados. Besta é quem ainda acha isso. Abraço Marcão.

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  3. Grande Marcos, confesso que nunca fui fã de HQs, mas gosto de suas adaptações para a telona, alguns saem legais, outros não, no caso de Sin City, tenho o DVD e é genial, já assisti outros, mas não sou um apaixonado na área, mas legal a menção do assunto.

    Abração pra ti.

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  4. Sinceramente eu conheço pouco sobre os quadrinhos,mas o pouco que conheço é suficiente para se alegrar com tal acontecimento.Acredito que para você meu amor,deve ter sido uma imensa honra e alegria estar nesta exposição.
    Parabéns pelo texto!Muito lindo!Beijos

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  5. Eu particularmente nao tenho muito conhecimento e vivencia de estar lendo quadrinhos, mas é notável que os quadrinhos eles tem sim preconceitos por onde passam, e isso é uma pena porque hoje em dia é atraves deles que se criam grandes filmes e blockbusters!

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  6. Marcos cheguei a ler muitos quadrinhos na minha infância e, eles despertavam em mim, aquele sentimento que, só a imaginação podia retratar, muito próprio de quem ler as histórias em quadrinhos. Bons tempos, viu! Um grande abraço.

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