18 junho 2011

Comunicação com responsabilidade


Acredito que todo mundo já conheceu, ou vai conhecer, alguém sem medo de falar o que pensa. Termos como desbocado (a) ou boca suja são alguns dos vários exemplos que servem para se referir a quem não mede as próprias palavras e assim exerce com folga a liberdade de ser sincero (a). Essa qualidade sem sombra de dúvida é notável, mas até que ponto a ausência de pensar antes de se comunicar é benéfica? O quanto será que isso prejudica a comunicação e quais as conseqüências diretas de tais atos?

De um certo modo, pretendo responder essas perguntas no decorrer do texto, não sem antes fazer uma auto-avaliação. Normalmente, sou conhecido por pensar bem antes de agir e falar. Por isso, acredito que tenho muitas vezes um cuidado excessivo com as palavras. Acho que é por causa da forma que ``enxergo`` elas e seus impactos na recepção do outro. Sendo assim, para tentar equilibrar a balança, observo o outro lado da moeda. Começo tentando fazer um filtro e adaptar pra mim o que aprendo de melhor na interação com o outro.

Recomendo para qualquer pessoa falar o que pensa e o que sente. De preferência, na hora certa. Afinal, guardar pra si certas coisas pode ser ``muito perigoso``. É como uma granada, depois que arranca o pino você tem que jogar antes que estoure na sua mão. No entanto, é importante refletir sobre como transmitir essa mensagem. Aliás, muita gente desvaloriza a forma e só se preocupa única e exclusivamente em despejar a mensagem. Palavras mal utilizadas podem machucar muitas pessoas além de provocar conseqüências até inesperadas.

Defendo sempre a idéia de que comunicação nunca é uma via de mão única. Nenhum papel precisa ser definido para que apenas um fale e outro ouça, pois desse modo à possibilidade de troca é praticamente inexistente. Infelizmente, existem pessoas que só querem ser ouvidas e, portanto, esquecem totalmente do quão rico é o ato de saber ouvir.

Infelizmente, vivemos em uma sociedade cheia de ruídos comunicacionais. Entram em cena a pseudo-objetividade, o sub-entendimento e a conclusão apressada. Às vezes, até se preocupam com a forma, mas com o intuito que a mensagem chegue o mais rápido possível. Fazer refletir ficou em segundo plano e buscar uma consciência critica se tornou mais necessário do que nunca. É a melhor forma de libertação frente ao barulho do absurdo.

Sendo assim, defendo que haja uma comunicação responsável na qual a reflexão seja fundamental na elaboração da fala de um individuo. E que isso nunca atrapalhe a necessidade inerente do ser humano de se comunicar com liberdade.

16 comentários:

  1. Comunicação responsavel e com clareza para que posamos entender. Gostei do seu blog. Não deixe de visitar também http://elizangelalopes.blogspot.com/.

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  2. Sinceridade é uma coisa e grosseria é outra... Acho que tds devem, ser o mais verdadeiros possíveis, mas tem certas coisas que não precisam ser ditas, principalmente quando se trata de opinião. Colocar nosso ponto de vista de forma muito incisiva pode soar como presunção às vzs. Eu sou conhecida por falar o que penso na maioria das vezes, mas faço de tudo para ser firme sem ser grosa.... tem de haver polidez nessas horas. Parabéns pelo teu texto ;)

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  3. Liberdade de comunicação é um tema a ser debatido que não se esgota. Eu concordo que todos tenham o diretio de se expressar livremente. Porém é preciso uma atenção especial com a maneira pela qual vamos nos expressar, como você mesmo expôs.
    O respeito tem que estar ligado a esse tema. Não só o respeito pela opinião do próximo, mas o respeito ao próximo em si.
    Medir as palavras só vem com a prática e com educação.

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  4. A situação que mais ilustra tudo isso que você disso, é a tão falada liberdade de expressão, que as pessoas enxem a boca para dizerem que tem, logo, por conta da dita cuja, se acham no direito de falarem o que bem querem. Infelizmente as pessoas não sabem o limite da liberdade, e em nome dela, se acham as donas absolutas da verdade, e caso alguém critique, ainda dizem que estão sendo censuradas, etc e tal.
    Fico com o velho ditado que aprendi desde criança: "quem fala o que quer, escuta o que não quer!"

    Abração

    http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/

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  5. quem não se comunica se trumbica acho que era isso que o chacrinha falava...rsrs....mas a comunicação e tudo...nesses dias de hoje...

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  6. Comunicação responsavel virou umtipo de piada!
    As pessoas criaram habito de não pensar antes de falar.
    Veja como exemplo o twitter. Quantas confusões publicas já não foram criadas com coisas ditas nele?
    Abç Macus ;D

    http://falandosobreall.blogspot.com/

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  7. Creio que uma comunicação saudável e isenta de sensacionalismo está acontecendo na nossa blogosfera. Em muitos blogs como o nosso, que não tem rabo preso com companhia nenhuma e nem tenta agradar a ninguém, está fazendo um jornalismo limpo e agradável, também com seriedade e responsabilidade.

    Abração pra tu.

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  8. realmente, tem que saber o que falar, como falar e o mais importante.. quando falar.
    Parabéns pelo blog sz

    http://chooseelas.blogspot.com/

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  9. Oi querido
    Obrigada pela visita
    Gostei muito do blog!
    E vida a liberdade de expressão :)

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  10. Melhor é a palavra sincera de alguém que ama do que a bajulação de alguém que odeia.
    Muito legal este artigo.

    O musical

    http://musicaldemais.blogspot.com

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  11. comunicação pode ser maravilhoso ou péssima, tem que aver responsabilidade pra usar o computador por ex pq basta apenas um clique pra vc obter informações do mundo inteiro o que pode ser muito bom ou muito mal :S

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  12. A verdade é sempre bem-vinda, sempre. Agora as pessoas podem colocar seus pensamentos sem precisar de uma tonalidade que a o outro possa parecer prepotente, rude ou coisa assim. O problema não é falar, é como saber falar, a comunicação parte desse sentido. Um grande abraço

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  13. Somos diferentes, pensamos diferente, não é por isso que devemos omitir nosso ponto de vista, devemos sim falar, mas sem nunca esquecer que é MINHA opinião não a verdade absoluta. Respeitar prs tbm o ser.

    =D

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  14. Marcus, tem toda a razão: todos só querem ser ouvidos; poucos, ouvir. Não à toa, Rubem Alves que deveríamos estudar e exercer a "escutatória" tanto quanto a oratória. :-) Em relação a "engolir" certas palavras ou não, creio que regra geral é o respeito e elegância: deglutir alguns sapos é condição sine qua non para a convivência social. Alguns você pode cuspir depois, no cantinho, desde que não borrife em ninguém. :-) Beijos e sucesso!

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  15. É mesmo amor,muitos não sabem do impacto que causa uma palavra mal falada.
    Ainda mais quando a pessoa que escuta for sensível demais.
    Para mim as palavras tem poder,podem nos levantar ou nos derrubar.
    Uma palavra amiga,quando precisamos é a força para que sigamos fortes.Do outro lado porém,uma palavra de desânimos(que infelizmente é o que mais ouvimos)nos enfraquece.
    Mas enfim,se tivermos sempre do lado de Deus.Ele nunca nos abandonará.Ha palavra que nos conforta vem d'Ele.
    Um beijo.
    Parabéns pelo blog!!

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  16. Você tem razão no que diz, porém como segurar algo que precisa sair? As vezes o que precisamos é dizer a primeira coisa que vem na mente, sem pensar nas consequências e/ou motivos para se desistir. Tem coisas que se a gente não expõem na hora, fica com a gente pra sempre. Por outro lado, seria ilógico da minha parte dizer que 'eu não penso no que falo antes de falar', acho que quase todo mundo faz isso, uns mais que outros. Resumindo, isso vai depender do dia que a pessoa estiver tendo, por que existem aqueles 'dias de cão' que qualquer coisa mal resolvida nos falar falar coisas que não falaríamos em dias normais.

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