14 julho 2011

A voz da emoção

 

Acredito que uma boa música é aquela que toca você de alguma forma. Não importa o tema, a melodia encontra um meio de atingir este objetivo. O fato é que existe um conjunto de fatores que possibilita isso. Um deles é o que você sente enquanto ouve, pois seus ouvidos são como portas de entrada para receber esse tipo de mensagem. O som entra por eles e faz o caminho até chegar ao coração que, por sua vez, bate de acordo com o ritmo.

Graças a sua capacidade de interpretação, você não só sente essa vibração como alimenta sua mente para a criação de sonhos ou até mesmo cenários que combinem com a música. Confesso que é um exercício de imaginação bem divertido que torna tudo bem mais interessante. E isso acontece muito quando você ouve uma música e ela não sai da sua cabeça por um tempo. E o negócio fica melhor ainda quando você sente a emoção sendo transmitida pela voz.




Pra mim, é o caso de uma cantora que conheci através de um programa americano chamado The Voice. O nome dela é Vicci Martinez. Fiquei curioso desde sua primeira apresentação quando ela cantou Rolling in the deep, música conhecida pela voz da também cantora Adele. Foi algo inspirador e emocionante tanto que rendeu um post só sobre esse momento. Antes de conhecer o potencial vocal dela, vi um pequeno depoimento no qual ela fala um pouco sobre sua história de vida e, principalmente, a relação com seu pai, já falecido, e que sempre foi um grande incentivador dos seus sonhos. Após isso, os jurados do The Voice tiveram uma grata surpresa com a voz poderosa e cheia de emoção desta jovem cantora. A história da música fala sobre amor partido e a superação por trás dessa dor. É incrível como ela vai crescendo na música de acordo com a letra. No começo é suave, mas com ritmo. Depois, é como um ``soco na cara``.

Antes de continuar falando mais sobre a trajetória de sucesso dela, vale a pena explicar algumas coisas sobre o programa The Voice para quem ainda não conhece ou não leu os posts anteriores sobre o assunto. O formato é um pouco parecido com American Idol, que aqui no Brasil foi conhecido pela sua versão exibida primeiro no SBT e atualmente na Rede Record. A principal diferença é percebida logo de cara quando os jurados Christina Aguilera, Cee Lo Green, Adam Levine (Maroon 5) e Blake Shelton conhecem os candidatos apenas pela voz, pois estão sentados de costas para eles. De inicio, parecia estranho, mas a idéia era justamente essa para dar cada vez mais importância ao talento vocal. Caso algum jurado gostasse de um candidato, ele apertava um botão vermelho em sua cadeira que virava para que ele pudesse assistir de frente a apresentação. Além disso, ele também se candidatava para ser treinador daquele candidato. E foi o que aconteceu com Cee Lo e Vicci. Parecia coisa do destino, mas essa parceria realmente funcionou muito e fez crescer ainda mais o talento desta pequena cantora de grande talento.





Um exemplo disso foi na segunda fase do programa quando ocorreram os duetos entre candidatos que eram treinados pelo mesmo artista. Cee Lo escolheu Niki Dawson para cantar ao lado de Vicci a música Fuckin' Perfect, da Pink. As duas arrasaram naquela noite, pois suas vozes se encaixavam com perfeição. Por causa do talento das duas, acredito que não tinha como ter sido diferente. E a música falava sobre auto-estima e como nunca devemos deixar ninguém nos fazer sentir mal por sermos diferentes.





Mais adiante tivemos Vicci voltando a cantar solo no programa. Dessa vez, foi o momento de interpretar uma música bem antiga chamada Jolene, gravada em 1974 por Dolly Parton. Assisti um vídeo esses dias da versão original para fazer uma comparação. Cheguei a conclusão de que a versão feita por Vicci deu uma nova cara pra música assim como um tom mais envolvente. Independente se você ouve e entende a letra sem precisa buscar a tradução, a sensação de conseguir imaginar as cenas que se desenvolvem na história contada pelos versos é inevitável.



Um pouco mais próximo da final do programa houve uma apresentação bem mais diferente e agitada com direito ao uso de tambor para compor o ritmo. Dessa vez, a música escolhida é Dog Days Are Over, do grupo Florence and the machine. Com um visual totalmente diferente do que todos estavam acostumados até então, ela não só cantou muito como pulou e tomou conta do palco com toda aquela energia de quem parece cantar um hino de guerra. O lado guerreira estava lá como nunca e não era apenas na voz. Quando assisti pela primeira vez, vi que havia no palco alguém determinado a vencer, que vai com tudo o que tem e supera obstáculos com muita força de vontade. Afinal, música é a paixão dela e esse sentimento sempre a motivou como nunca.



Em um dos últimos episódios, o público teve a oportunidade de vê-la cantar e interpretar a música Afraid to Sleep que, segundo o que pesquisei, foi gravada inicialmente pela cantora Dido em um dos seus álbuns. Com um tom mais sombrio e triste, Vicci faz uma apresentação carregada de emoção sobre o medo de dormir, tema com o qual ela se identificou pelo fato de ter dormido cada vez menos nos dias anteriores as últimas apresentações. De todas as músicas citadas neste post, essa certamente tem sido a que ficou mais ``grudada`` na minha cabeça. Não sei bem explicar por que, pois não tenho uma relação forte com o tema. No entanto, não consigo negar o quanto essa interpretação é envolvente, capaz de me fazer viajar junto com a história como se estivesse vendo um filme de suspense.

Enfim, a música tem mesmo esse poder de envolver as pessoas, mexer com as emoções delas e ainda por cima acrescentar elementos à imaginação. Também por isso, é que o talento tão notável de Vicci Martinez a faça brilhar tanto no palco tornando-a um grande sucesso.


OBS: Sinto muito por alguns videos não terem as apresentações completas, mas infelizmente não encontrei nenhum no Youtube. De qualquer modo, vale a pena do mesmo jeito pois assim vocês podem conhecer mais a voz dela.


20 comentários:

  1. Nossa, Marcus, fiquei apaixonada na história e amei o formato do programa: conexão inicial apenas pela voz. Que coisa brilhante. Assim que puder, assistirei aos vídeos da Vicci. Beijíssimos e obrigada pela história!

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  2. Nossa bem interessante esse negocio da melodia com as batidas do coração.
    Não cnsegui carregar o video mas sua postagem me deixou curiosa vou pesquisa no you tube mais tarde!
    Essa musica da pink, queria ver ela cantando pois a tadução dela é triste e linda ao mesmo tempo, boa escolha dela!

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  3. Nossa bem interessante esse negocio da melodia com as batidas do coração.
    Não cnsegui carregar o video mas sua postagem me deixou curiosa vou pesquisa no you tube mais tarde!
    Essa musica da pink, queria ver ela cantando pois a tadução dela é triste e linda ao mesmo tempo, boa escolha dela!

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  4. E a música sempre acaba marcando um momento...

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  5. Caramba!!!!!A musica terminou e ainda estou arrepiado!!!!Que voz!!!Que emoção!!!Que presença de palco!!!Que blog!!!!Grande abraço.

    http://lusansone.blogspot.com/2011/07/as-melhores-coisas-da-vida-sao-gratis.html

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  6. A música é uma emoção para quem escuta, aquece o coração e a alma!
    Parabens pelo post
    Renata
    Venha nos conhecer
    http://uaimeu10.blogspot.com/

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  7. nao curto muito musica internacional... mas vou escutar essa dica aew

    abraços
    .
    www.ouvindoparalamas.blogspot.com
    .

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  8. musicas sempre nos marcam..

    se possível, visite meu blog

    www.semente-terra.blogspot.com

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  9. Conhecia algumas das músicas que você falou, mas não essa cantora, que realmente tem uma voz muito bonita. Músicas especiais tem mesmo esse dom de nos contagiar logo de cara, sem nem mesmo conhecermos sua tradução, no caso das internacionais. Também tenho lá minhas músicas inspiradoras. Para mim é bom escrever ouvindo um som que eu gosto.
    Ah! e desses vídeos, o que eu mais gostei foi Jolene. A letra é fantástica.

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  10. adorei o blog!!! To seguindo

    Beijos Mil ♥
    http://uzeabuze.blogspot.com

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  11. Concordo, a boa música é capaz de nos tocar de diversas formas...

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  12. Adorei estou ouvindo as músicas... Sempre existe um momento que um tipo de música nos marca. Podemos ouvir essa música hoje e não sentir nada, mas ouvir ela amanhã e sentir uma conexão...

    Mara'

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  13. música é bom. uma boa música pra transar é melhor ainda.

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  14. Q coração caralho de piroca nenhuma! Tudo se dá no cérebro, o resto do corpo só obedece.

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  15. É de arrepiar,ela canta muito bem!!!
    Ela canta com a alma e a raça!
    Parabéns amor!!

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  16. Olá,
    Eu acompanhei ao The Voice( pela Internet) e gostei bastante da ideia conceitual do programa, embora algumas escolhas irritaram-me um pouco, em especial a saída de Rebecca Loebe! Estava torcendo pela Vicci, ela era a melhor e a versão de Dog Days Are Over me trouxe um grande impacto.Diferente da felicidade cantada por Florence, Vicci deu um tom forte e agridoce apaixonante!
    Espero ter mais noticias da Vicci e a segunda temp. de The Voice.
    Visite-me( e se der siga-me).
    Estou seguindo você. Parabéns pelo Blog!

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  17. Pensando assim, n há música ruim, pois sempre haverá alguém sendo tocado por aquela canção considerada péssima.

    Francine Léo

    http://franemanu.zip.net

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